quinta-feira, março 29, 2007

photografia vicente - à descoberta do Funchal


O estúdio fundado em 1848 por Vicente Gomes da Silva foi transformado em museu, sendo, hoje, A Photografhia - Museu “ Vicentes” o mais antigo estúdio de fotografia existente em Portugal. Ao espólio da casa “Vicentes” juntou-se, mais recentemente, o património de originais fotográficos de outras “Casas” do Funchal.
São várias gerações de fotografos...até que nasce o trineto....jornalista!



jornalista descendente de fotografos

Vicente Jorge Silva (Funchal, 1946) é um jornalista, deputado, comentador político e cineasta português.
Co-fundador e primeiro director do jornal Público, foi ele o pai da expressão «Geração Rasca», utilizada num editorial por si assinado por altura das manifestações estudantis contra a então Ministra da Educação (do governo de Cavaco Silva) , Manuela Ferreira Leite.
Ex-deputado pelo Partido Socialista (PS) - eleito pelo circulo eleitoral de Lisboa - ex -colunista do Diário Economico, mantém-se como colunista do Diário de Notícias, tendo passado, também, pelo Comércio do Funchal e Expresso, onde foi director-adjunto.
Nascido no Arquipélago da Madeira, é um dos mais acérrimos criticos de Alberto João Jardim.
Como realizador de cinema foi autor de O Limite e as Horas (1961), O Discurso do Poder (1976), Vicente Fotógrafo (1978), Bicicleta - Ou o Tempo Que a Terra Esqueceu (1979), A Ilha de Colombo (1997). Porto Santo (1997), seu último trabalho no cinema, foi exibido no Festival Internacional de Genebra.
wikipedia

quarta-feira, março 21, 2007

Dia da Poesia

Em homenagem a
uma grande mulher e poetisa:
Sophia de Mello Breyner Andersen



Mar

De todos os cantos do mundo

Amo com um amor mais forte e mais profundo

Aquela praia extasiada e nua,

Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.


Cheiro a terra as árvores e o vento

Que a Primavera enche de perfumes

Mas neles só quero e procuro

A selvagem exalação das ondas

Subindo para os astros com um grito puro.
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Um dos maiores Mestres da Poesia Portuguesa:
Fernando Pessoa
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Para ser grande, sê inteiro: Nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
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Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

ostara

Ostara é o primeiro dia da Primavera. É o momento do ano em que o Sol diretamente acima do equador, fazendo com que noite e dia tenham igual duração. Nesse dia, escuridão e luz são precisamente iguais; então, esse Sabbat traz sentimentos de equilíbrio e interação. Desse dia em diante o dia dominara a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites e a Terra explodirá com vida.
Ostara é celebrado no hemisfério Sul por volta do dia 22 de Setembro e no hemisfério Norte por volta de 21 de Março. Este é o tempo para Rituais de fertilidade, momento no qual a vida se renova.
Ostara, conhecido também como o Equinócio de Primavera, é basicamente um Festival Solar. Na agricultura, sinaliza o tempo em que as sementes são plantadas e começam o seu processo de crescimento. Ostara é tido como um momento de união e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da Natureza, e isso indica também que é o momento ideal para fortalecer a energia de complementaridade entre homem e mulher.
Segundo as crenças da Wicca, em Ostara o Deus (Sol) cresceu, tornando-se um jovem adulto. Ele está passando pela puberdade e suas forças são refletidas na vitalidade e no crescimento das plantas. Ele está crescendo novamente. Com a vitalidade Dele vem o calor da Primavera e o futuro plantio das futuras colheitas.
A Deusa não é tida mais como a Mãe nutridora, mas como uma bonita Virgem da Primavera. Assim como em relação à Natureza esse é o momento de plantar, essa também é hora de cultivarmos nossas "sementes" (metas e objetivos). E o período de celebrar as mudanças de nosso corpo, pois nessa estação do ano ficamos mais ativos, dormimos menos, comemos menos e gastamos mais tempo ao ar livre.
Nesse dia, os antigos pagãos da Europa acendiam fogueiras nos cumes de montanhas, pois acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O Fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol pudesse retornar a Terra.
A Deusa reverenciada nesse dia é Eostre ou Ostara, que significa "a Deusa da Aurora", uma Deusa anglo-saxã da Primavera, da ressurreição e do renascimento. Estava associada à fertilidade e aos grãos, e oferendas de pão e bolo eram feitas nessa época a ela.
A primeira e mais preservada Tradição Pagã de Ostara é a decoração dos ovos. O ovo simboliza a fertilidade da Deusa e do Deus, o símbolo de toda a criação. Ao decorá-los, estamos carregando-os como Objetos Mágicos, de acordo com as cores que utilizamos. É uma Tradição também esconder os ovos; e achá-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas.
Outro simbolismo é o Coelho da Páscoa. Muitos nem se quer percebem que o Coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa, pois eles levam 28 dias para gerarem e darem à luz aos filhotes; e 28 dias é o ciclo completo de uma lunação. Além disso, a lenda do Coelho da Páscoa tem uma estreita relação com a referente Deusa Eostre, na qual um gentil coelhinho pedia favores a Deusa e em troca botava ovos, decorava-os e presenteava a Deusa com eles. Segundo a lenda, Eostre ficou maravilhada com a beleza dos ovos e ficou tão contente que desejou que toda a humanidade pudesse compartilhar de tamanha beleza e alegria. Assim, o coelho começou a viajar por todo o mundo na época do Equinócio de Primavera, presenteando a todos com seus ovos decorados.
Os símbolos desse Sabbat são as flores e os ovos coloridos. Esses ovos enfeitam o altar e depois são colocados aos pés de árvores ou em vasos com plantas.
Nesse dia, os antigos europeus iam ate o campo para colher flores e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera eram mágicas e, através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza. Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas, até o Ostara do ano seguinte, em que eram trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.
Ostara é o tempo da renovação, o momento ideal de passear por jardins, parques, bosques, florestas e outros lugares verdes, fazendo do passeio um verdadeiro ritual, uma celebração da Natureza e da Vida.

primavera


Chegou a Primavera.
É tempo de:
correr de mãos dadas pelos campos de trigo;
parar a contemplar o pôr do sol no mar azul, azul;
sentir o vento morno a acariciar o corpo;
cheirar a terra , recem regada pela chuva;
o coração a bater forte por alguém...

Chegou a primavera, chegou a primavera ......

quinta-feira, março 15, 2007

Vamos limpar a Praia das Pedrinhas (Apúlia)


Airam, Deusa que vai limpar e arrumar o Mundo, sugeriu e muito bem, que comecemos este domingo (dia 18 de Março) por um local que nos é particularmente querido, onde se localiza a sede das deusas - a praia das Pedrinhas na Apúlia -

Quem gosta de passear numa praia suja, cheia de bidões, garrafas, frigoríficos e afins?....pois é, nós também não, por isso, começamos este domingo e vamos continuar todos os meses (3º Domingo de cada mês), vamos falar com o presidente da junta de freguesia, com o padre, com os pescadores, com quem for preciso para termos a praia e as dunas limpas. Ajudem-nos com as vossas sugestões e acções efectivas - karma yoga - .

Que seja!

quarta-feira, março 14, 2007

sentir



Neste dia espectacular...para as deusitas

quinta-feira, março 08, 2007

As mulheres da minha geração

PORQUE HOJE MERECEMOS!
Com um abraço da BORBOLETA

As mulheres da minha geração escrito por Santiago Gamboa
Tradução livre de Luiz Augusto Michelazzo

É o único tema em que sou radical e intolerante, no qual não escutoargumentações: As mulheres da minha geração são as melhores e ponto. Hoje têm quarenta e muitos, inclusive cinqüenta e tal, e são belas, muito belas, porém também serenas, compreensivas, sensatas e sobretudo diabolicamente sedutoras, isto, apesar dos seus incipientes pés-de-galinha ou desta afetuosa celulite que capitoneam suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais. Formosamente reais. Quase todas, hoje, estão casadas ou divorciadas, ou divorciadas e recasadas, com a intenção de não se equivocar no segundo intento, que às vezes é um modo de acercar-se do terceiro e do quarta intento. Que importa? Outras, ainda que poucas, mantém um pertinaz celibatarismo e o protegem como a uma fortaleza sitiada que, de qualquer modo, de vez em quando abre suas portas a algum visitante.
Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!
Nascidas sob a era de Aquário, com a influência da música dos Beatles,de Bob Dylan, de Lou Reed, do melhor cinema de Kubrick e do início do boom latino-americano, são seres excepcionais. Herdeiras da revolução sexual da década de 60 e das correntes feministas, que entretanto receberam passadas por vários filtros, elas souberam combinar liberdade com coqueteria, emancipação com paixão, reivindicação com sedução. Jamais viram no homem um inimigo, apesar de que lhe cantaram umas quantas verdades, pois compreenderam que se emancipar era algo mais que colocar o homem para esfregar o banheiro ou trocar o rolo de papel higiênico, quando este tragicamente se acaba, e decidiram pactuar para viver em dupla, essa forma de convivência que tanto se critica, porém, que com o tempo, resulta ser a única possível, ou a melhor, ao menos neste mundo e nesta vida.
São maravilhosas e têm estilo, mesmo quando nos fazem sofrer, quando nos enganam ou nos deixam. Usaram saias indianas aos 18 anos, enfeitaram-se com colares andinos, cobriram-se com suéteres de lã e perderam sua parecença com Maria, a Virgem, em uma noite louca de sexta-feira ou de sábado, depois de dançar El raton, com algum amigo que lhes falou de Kafka, de Gurdjieff e do cinema de Bergman. No fundo de suas mochilas havia pacotes de Pielroja, livros de Simone de Beauvoir e fitas de Victor Jara, e ao deixar-nos, quando não havia mais remédio senão deixar-nos, dedicavam-nos aquela canção de Héctor Lavoe, que é ao mesmo tempo um clássico do jornalismo e do despeito, e que se chama. Teu amor é um jornal de ontem.
Falaram com paixão de política e quiseram mudar o mundo, beberam rum cubano e aprenderam de cor canções de Silvio Rodriguez e Pablo Milanez, conheceram os sítios arqueológicos, foram com seus namorados às praias, dormindo em barracas e deixando-se picar pelos pernilongos, porque adoravam a liberdade e, sobretudo, juraram amar-nos por toda a vida, algo que sem dúvida fizeram e que hoje continuam fazendo na sua formosa e sedutora madurez. Souberam ser, apesar da sua beleza, rainhas bem educadas, pouco caprichosas ou egoístas. Deusas com sangue humano.
O tipo de mulher que, quando lhe abrem a porta do carro para que suba, se inclina sobre o assento e, por sua vez, abre a do seu acompanhante por dentro.
A que recebe um amigo que sofre às quatro da manhã, ainda que seja seu ex-noivo, porque são maravilhosas e têm estilo, ainda quando nos façam sofrer, quando nos enganam ou nos deixam, pois seu sangue não é tão gelado o suficiente para não nos escutar nessa salvadora e última noite, na qual estão dispostas a servir-nos o oitavo uísque e a colocar, pela sexta vez, aquela melodia do Santana. Por isso, para os que nascemos entre as décadas de 40 e 60, o dia da mulher é, na verdade, todos os dias do ano, cada um dos dias com suas noites e seus amanheceres, que são mais belos, como diz o bolero, quando está você.
Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!

Mulher

Luísa sobe, sobe a calçada,
sobe e não pode que vai cansada.

Sobe, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.

Saiu de casade madrugada;
r egressa a casa
é já noite fechada.

Na mão grosseira,de pele queimada
leva a lancheira desengonçada.

Anda, Luísa, Luísa,sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.

Luísa é nova,desenxovalhada,
tem perna gorda,bem torneada.
Ferve-lhe o sanguede afogueada;
saltam-lhe os peitos na caminhada.

Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.

Passam magalas,rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.

Anda, Luísa,Luísa, sobe
sobe que sobe, sobe a calçada.

Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;

chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.

Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.

Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,

puxa que puxa, larga que larga,
toca a sineta na hora aprazada,

corre à cantina, volta à toada,
puxa que puxa, larga que larga,

Regressa a casa
é já noite fechada.

Luísa arqueja
pela calçada.

Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada,

Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.

António Gedeão

dia da mulher


PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

segunda-feira, março 05, 2007