domingo, abril 29, 2007

Cenas de sábado à noite......




RETRANSMISSIONS: QUATRO COREÓGRAFOS APROPRIAM-SE DA OBRA DE DOMINIQUE BAGOUET

Serralves
Sequiosos de espectaculos de dança, que escasseiam neste Porto, lá vamos nós a Serralves, com um sorriso antecipando o prazer.
No foyer aguardamos meia hora , aguentando o atraso, bebericando um descafeinado.
Lá entramos , em fila tipo Ryanair, directamente para o palco, espectadores rodeando a cena.
Promete.Pensamos. A perfomance fica enquadrada pelos espectadores. Do lado esquerdo uma fila de confortáveis "puf´s". Um de nós aí se senta.
Aguardamos.
Ao meu lado, um homem sentado, casaco preto, cachecol de seda branco, destilando " água-de- colónia" cara, que não consigo identificar mas, que sobe pelo meu nariz, irritativamente.
Comento com outro de nós que se sentou ao meu lado, que me devolve um sorriso largo, bem conhecido e que adoro.
Começa a " perfomance" (?) , saltitam pelo palco, desconexionados, magrinhos e feios. Em silêncio. Repetem os gestos. Monotonamente, à exaustão. As palpebras começam a pesar. Olho para os espectadores. Acometidos de súbita virose, todos apoiam a mão no queixo, e as cabeças caem, cumprindo a lei da gravidade. Nos "puf´s" os jovens que aí se sentaram, esparramam-se dormindo.
Acotovelo, tentado acordar quem me acompanha, atacada que foi pela virose. Sussurramos comentários, que nos causam sucessivos sorrisos. Espectadores vão saindo. Estoicamente aguentamos! entre sussuros e risotas.
A " perfomance" pára. "É sair", é "sair". No "foyer" alinham-se copos de porto. "Será intervalo?". Ninguém quer saber, despejam-se todos para a rua em sonoras gargalhadas!

Ah, percebi. Não era uma "perfomance" ....era uma comédia!

segunda-feira, abril 23, 2007

Balsamão - O Silêncio que se escuta

Escutar o silêncio

Fundir-se com o rio


Contemplar a Beleza de um dia de Primavera


Proteger-se do Sol



Caminhar lado a lado

terça-feira, abril 17, 2007

serralves

o olhar do meu príncipe S.P.

segunda-feira, abril 16, 2007

sokolov -scriabin ( acorde místico)

arredonda-se o vulto negro sobre as teclas do piano negro formando Um, emanando um som místico buscando almas que se aglomeram no Um. Já não sou corpo, apenas sonoridade. O tempo parou.

sexta-feira, abril 13, 2007

escrito da airam

Estranha luz esta.
Percorre-me sem pedir licença.
encontra eco num espaço próprio.
Situa-se entre a claridade e a irisdicência.
Brilho sem nome e nem aroma!
Momentos efemeros.
Compulsão para os reter...
Esvaem-se entre os dedos.
Quase toco
Quase
Limitação.
sinto-a nas minhas estruturas!
Espero.
sem pressa
percorro este caminho.
Tão só!

Da AIRAM postado por maria

airam entre o céu e a terra


tudo é impermanente


quarta-feira, abril 11, 2007

Algarve - Portimão







Ver um Universo num grão de areia,
E um Paraíso numa flor selvagem,
Conter o Infinito na palma da mão
E a Eternidade no tempo de uma hora
William Blake

domingo, abril 08, 2007

Cartografia de Emoções




Páscoa...tempo de colocarmos a nós próprios algumas questões fundamentais sobre o que andamos por cá a fazer. E como a partilha é uma forma de estarmos juntos, querida Maria, aqui vai, directamente da "Cartografia de Emoções" de Nuno Júdice. Obrigada!



Filosofia


Mas o que queremos da vida? É a vida? O que se procura em cada segundo para se perder em cada segundo? O tempo, assim de nada nos serve.
Um dia, dando por nós próprios, perguntamo-nos o que fizemos, por onde andamos, as cidades e casas que percorremos, sem que uma resposta nos satisfaça. A vida, então, limita-se a ser o que fez de nós, sem que o tenhamos desejado, e nada pode ser feito para voltar atrás, nem para restituir os passos trocados de direcção, as frases evitadas no último extremo, o olhar que se desviou quando não devia. Ah, sim – e o amor? É isso que queremos da vida? É verdade: cada um dos abraços que se deram, contando cada instante; o rosto lembrado no auge do prazer, quando um súbito sol desponta dos seus lábios; os cabelos presos nas mãos como se delas prendesse o feixe da eternidade….Assim, a vida poderá ter valido a pena. É o que fica: o que nos foi dado e o que damos, sem que nada nos obrigasse a dar ou a receber; o puro gesto do acaso na mais absoluta das obrigações. Então, volto a perguntar: que outra coisa queremos da vida?

Nuno Júdice in Cartografia de Emoções




" felizmente não é natal"

"felizmente não é natal"- duas grandes actrizes - já idosas - dão corpo a uma peça da vida numa cena de teatro. Em tom risonho, abordam-se temas pesados : o que apelidam de solidão de velhice desaguada nos lares ( para endinheirados) e asilos( para pobres), o conflito relacional e amargo entre pais e filhos. O pano cai. A reflexão vem.
António Barreto em "Portugal - um retrato social" relatou, em tom amargo, e mórbido a solidão dos "nossos" velhos. A reflexão vem.
No Expresso, da semana passada aparece, num destacável, a publicidade de um novo jornal " As rugas ".A reflexão vem.
Três mulheres, de cabelo grisalho, após o cinema palmiham o Porto à procura de um local onde se possam sentar para debater o filme acabado de vêr e beber um chá ou um "copo". Inexistente. Locais com jovens, sempre. Onde estão os de meia-idade, interrogam-se.
E, assim, são os próprios fazedores do seu futuro que se isolam e guehtizam ( será que esta palavra existe?). Criando um jornal publicitando " assuntos", " viagens", etc,etc " especificos", para os acima de cinquenta! Arredando-os da partilha e comunhão dos interesses "especificos " abaixo dos cinquenta ! lentamente, criando toda a estrutura para a incomunicabilidade entre jovens e velhos, por falta de interesses comuns, de linguagem partilhada.
Pergunto-me, se eu não tivesse tido os "meus jovens" a dar-me a mão introduzindo-me no mundo cibernauta, a fazer-me sentar e "obrigar-me " a partilhar o último CD recém conhecido, o último livro lançado, o humor dos GF, a camisola mais "in", o " Sem + nem -"," o gira pratos", o "bairro alto", se os "meus jovens" não tivessem aturado " os mais velhos" divagando sobre a "nouvelle vague", os "doors ", a art pop, os clássicos, como seriam os nossos jantares e fins de tarde?

Não será que um dos motivos da "solidão" da velhice ( para além, do sempre imputado egoísmo) reside ,também, na não partilha de assuntos e temas, isolando-se cada geração no seu mundo, ao ponto de se tornar a comunicação impossível,saturante e amarga?

E, a solidão ( terrível ) dos jovens que se evadem no alcool, advirá de quê?

sexta-feira, abril 06, 2007

às aniversariantes

...o que está embaixo é como o que está em cima... - Hermes Trimegisto

O Signo Carneiro é regido pelo planeta Marte. Fisicamente é relacionado com a cabeça. Sabe-se que tem uma natureza masculina, por isso é mais incisivo na sua energia. Carneiro é um signo de Fogo, e isto significa que um planeta aqui colocado terá necessidade de se manifestar de uma forma muito dinâmica. A expressão da sua identidade pessoal é importante que seja feita através da acção. O desejo de ser o primeiro é supremo, por isso a sua expressão tem uma efervescência "Naif" e uma inocência inexperiente. É um mundo de príncepes e princesas. Como Carneiro é um signo Cardeal, sua energia é manifestada em explosões dinâmicas. Metas a curto prazo são importantes, e resultados tangíveis são conseguidos rapidamente. Pessoas com uma ênfase forte neste signo terão liderança e características de pioneiro, entretanto há uma tendência à impulsividade a um temperamento redutor. Impaciência e egocentrismo precisam ser controlados, e uma maior consciência das necessidades dos outros deverá ser desenvolvida, para que o conflito e a tensão sejam evitados.

quarta-feira, abril 04, 2007

segunda-feira, abril 02, 2007