RETRANSMISSIONS: QUATRO COREÓGRAFOS APROPRIAM-SE DA OBRA DE DOMINIQUE BAGOUET
Serralves Sequiosos de espectaculos de dança, que escasseiam neste Porto, lá vamos nós a Serralves, com um sorriso antecipando o prazer.
No foyer aguardamos meia hora , aguentando o atraso, bebericando um descafeinado.
Lá entramos , em fila tipo Ryanair, directamente para o palco, espectadores rodeando a cena.
Promete.Pensamos. A perfomance fica enquadrada pelos espectadores. Do lado esquerdo uma fila de confortáveis "puf´s". Um de nós aí se senta.
Aguardamos.
Ao meu lado, um homem sentado, casaco preto, cachecol de seda branco, destilando " água-de- colónia" cara, que não consigo identificar mas, que sobe pelo meu nariz, irritativamente.
Comento com outro de nós que se sentou ao meu lado, que me devolve um sorriso largo, bem conhecido e que adoro.
Começa a " perfomance" (?) , saltitam pelo palco, desconexionados, magrinhos e feios. Em silêncio. Repetem os gestos. Monotonamente, à exaustão. As palpebras começam a pesar. Olho para os espectadores. Acometidos de súbita virose, todos apoiam a mão no queixo, e as cabeças caem, cumprindo a lei da gravidade. Nos "puf´s" os jovens que aí se sentaram, esparramam-se dormindo.
Acotovelo, tentado acordar quem me acompanha, atacada que foi pela virose. Sussurramos comentários, que nos causam sucessivos sorrisos. Espectadores vão saindo. Estoicamente aguentamos! entre sussuros e risotas.
A " perfomance" pára. "É sair", é "sair". No "foyer" alinham-se copos de porto. "Será intervalo?". Ninguém quer saber, despejam-se todos para a rua em sonoras gargalhadas!
Ah, percebi. Não era uma "perfomance" ....era uma comédia!
No foyer aguardamos meia hora , aguentando o atraso, bebericando um descafeinado.
Lá entramos , em fila tipo Ryanair, directamente para o palco, espectadores rodeando a cena.
Promete.Pensamos. A perfomance fica enquadrada pelos espectadores. Do lado esquerdo uma fila de confortáveis "puf´s". Um de nós aí se senta.
Aguardamos.
Ao meu lado, um homem sentado, casaco preto, cachecol de seda branco, destilando " água-de- colónia" cara, que não consigo identificar mas, que sobe pelo meu nariz, irritativamente.
Comento com outro de nós que se sentou ao meu lado, que me devolve um sorriso largo, bem conhecido e que adoro.
Começa a " perfomance" (?) , saltitam pelo palco, desconexionados, magrinhos e feios. Em silêncio. Repetem os gestos. Monotonamente, à exaustão. As palpebras começam a pesar. Olho para os espectadores. Acometidos de súbita virose, todos apoiam a mão no queixo, e as cabeças caem, cumprindo a lei da gravidade. Nos "puf´s" os jovens que aí se sentaram, esparramam-se dormindo.
Acotovelo, tentado acordar quem me acompanha, atacada que foi pela virose. Sussurramos comentários, que nos causam sucessivos sorrisos. Espectadores vão saindo. Estoicamente aguentamos! entre sussuros e risotas.
A " perfomance" pára. "É sair", é "sair". No "foyer" alinham-se copos de porto. "Será intervalo?". Ninguém quer saber, despejam-se todos para a rua em sonoras gargalhadas!
Ah, percebi. Não era uma "perfomance" ....era uma comédia!
2 comentários:
atesto. a água de colónia era forte. faltou o comentário ao sapatinho bicudo e caro do senhor e ao lencinho de seda, que dizes ser de smoking, na minha opinião era meio apanascado. a situação merecia uma filmagem. deram cabo da audiência...todos de rastos, a dormir, cabeças pousadas na mão...desfeitos. Como é que serralves apoia este tipo de "supostos" artistas? Enfim, como resumo diria que foi uma noite bem passada. Acabámos a rir à gargalhada com a situação :-)
Adorei ler a descrição....um fino humor e também eu me diverti sem ter ido a serralves.
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