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Senhor, dai-me a inocência dos animais
Para que eu possa beber nesta manhã
A harmonia e a força das coisas naturais.
Apagai a máscara vazia e vã
De humanidade
Apagai a vaidade,
Para que eu me perca e me dissolva
Na perfeição da manhã
E para que o vento me devolva
A parte de mim que vive
À beira dum jardim que só eu tive
Sophia de Mello Breyner Andresen
3 comentários:
que prece lindíssima....junto-me a ela
Sophia tem destas coisas... relatar a natureza como quem passa por ela de nenúfar em nenúfar. Parabéns pela escolha do poema!
lindíssimo este poema. adoro a perfeição da manhã...
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