segunda-feira, junho 04, 2007

Casualidade

Por casualidade, ou não, chegou até mim este
poema de uma jovem revelação, que partilho
agora com todos. Obrigada CR.



Casualidade

Por feitiços de mar que o Tempo enfeita,
Um acaso, lugar ou pensamento…
Pinceladas de cor que a tela aceita,
Ou poesia em sossego de momento.

Da rocha austera… o céu sem finitude,
Um apego de Sol que o corpo enlaça,
Em marés da mais gasta inquietude
Por maresias de fel e de graça.

De arte… deste mar… faz-se o encanto…!
Em areias de paz que eu mesma canto,
Rasgos de um deus só meu, sempre sem fim…

Vi corar o horizonte quando em vez…
Na vergonha da sua pequenez,
No bulir deste mar, só para mim…

Rita Sá Ferreira
Maio 2007

1 comentário:

filipelamas disse...

Parabéns, Rita! E bela foto a acompanhar!