quinta-feira, novembro 06, 2008

O que preenche o meu Ser




"Sento-me calmamente, sentindo a minha respiração mover-se ao longo do corpo, as pernas cruzadas em meio-lótus. Oiço ao longe o murmúrio vago das ondas, água que chega para acariciar a costa, afundar-se na areia, depois recuar lentamente, com relutância, para as profundezas donde veio, juntando-se a si mesma; então, volta a deslizar em frente, de forma sensual, estendendo os braços em direcção ao outro, uma espécie de ânsia e ousadia nesse movimento fora de si mesma. Dentro fora, retiro encontro, segurança risco. Como a respiração que se move ao longo do meu corpo como água que se confunde com areia, dois elementos diferentes se misturam, tomando, dando vida um ao outro. E exalo novamente o ar gasto, de volta ao oceano de ar que me envolve, para ser recarregado, tal como o mar se retira para as suas próprias profundezas antes de deslizar de novo em frente para acariciar a areia e nela se afundar. Juntos, cintilam e tremeluzem no sol da manhã: o constante e vago murmúrio do seu encontro e partida, encontro e partida, preenche o meu ser."

Treya Lilliam Wilber in "Graça e Coragem" de Ken Wilber

2 comentários:

papoila disse...

este senhor só poderia fazer yôga como nós...que lindo
e que bom que é ter consciencia da nossa própria respiração e aprender tanta coisa de nós mesmos e de tudo o que nos rodeia simplesmente porque paramos e percebemos como o primeiro gesto que fazemos quando nascemos ( inspirar e expirar ) pode ser-nos tão útil ao longo da nossa vida e fazer -nos renascer de novo varias vezes ...

Anónimo disse...

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