terça-feira, novembro 18, 2008

uma ida até frança

Em Dezembro vou a França encontrar-me com alguém que me é muito especial...( Deusas não se riem...mas a vida está sempre a pregar-nos partidas )
Vi este poema de António Nobre e achei que vinha propósito
Sei que todas estão comigo...


Vou sobre o Oceano (o luar, de doce, enleva!)
Por este mar de Glória, em plena paz.
Terra da Pátria somem-se na treva,
Águas de Portugal ficam, atrás.

Onde vou eu? Meu fado onde me leva?
António, onde vais tu, doido rapaz?
Não sei. Mas o Vapor, quando se eleva,
Lembra o meu coração, na ânsia em que jaz.

Ó Lusitânia que te vais à vela!
Adeus! que eu parto (rezarei por ela)
Na minha Nau Catrineta, adeus!

Paquete, meu Paquete, anda ligeiro,
Sobe depressa à gávea, Marinheiro,
E grita, França! pelo amor de Deus!


Antonio Nobre, in Só

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