quinta-feira, dezembro 15, 2005

transida de frio, o meu comentário

O realizador chama-se Kim Ki-duK.

O filme fascinou-me pela fotografia e realização.
Mas, doeu-me, um pouco, pela visão do realizador em relação à Mulher.
Mulher objecto. Antigo modelo fotográfico. A figura masculina, plena de virilidade ( a força certeira posta no ferro 3) , ainda que marginal à actual forma social, mas carente de "família"( a tradição, o convencional) vem SALVAR a Mulher objecto ( sem força estrutural que lhe permita a libertação).
A Mulher a necessitar de um novo ( marginal,viril) principe encantado, não montado num cavalo, mas montado num ferro 3, para se salvar da opressão?
De novo, um amor submisso, em que a Mulher se limita a seguir o seu cavaleiro andante?
Será isso amor?
As bolas ficaram perdidas ou antes foram certeiras ? foi acaso acertarem na mulher e não no homem?
Teremos um realizador com um esplendor fotográfico e cénico, mas, no entanto machista ( num machismo primário?
Maria

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